27 de maio de 2005

25 de maio de 2005

glorioso


glorioso
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no futebol também há afectos
e palavras, embora gastas pelos lances consecutivos de fintas à gramática e ao bom gosto...

já agora, viva o SLB, quer se goste quer não, é o campeão!

santa maria
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pode esta ilha ser assim tão pequena?
quem responde ao último grito da tarde
se precisarmos de ir mais além?

24 de maio de 2005

luamar


luamar
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uma noite como esta
e nem o mais denso horizonte
fica sozinho

girassol contigo

tu és a luz que falta em cada girassol

meu, girassol

olhos de deus

pode deus ser felino?
caber no colo de um poeta
e espreitar o mundo de uma janela?


images
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entre estes girassóis estará a verdadeira mensagem de luz
porventura um beijo?

para ti, claro

brad mehldau


brad mehldau
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estas mãos levam-me até ti

no suave sopro de uma elegia

que encontra no pulso da noite

o seu caminho para o coração do sonho

23 de maio de 2005

senti a primeira noite de verão
concentrar-me a sua doce flor
no rasto perene da respiração

19 de maio de 2005

pequenos gestos
como pequenos barcos
chegando a alguma ilha
na imensidão cega
do oceano
os dias estão mais longos
sinto-o na minha sede prolongada
ao coração da noite

neste calor sereno que adoça as palavras
quando se solta da terra
o perfume das frézias

18 de maio de 2005

dias há em que a tristeza é uma flor de luz
uma mão sustendo o peso do mundo

um sopro de paz guardado em silêncio
para não acordar as estrelas da noite


para as minhas queridas do funchal: paula, susana e iris
sorriria redondo como o coração de um laranjal
ao raiar a manhã em pleno verão

se fosses tu a água que me percorresse
a luz no limiar do sonho
afectos e palavras
olho-vos cansado do dia e do tempo
e penso que ainda é possível
um sorriso


para as alunas da CCIPD

16 de maio de 2005

está longe essa ilha do sul
mais longe ainda esse ilhéu coberto de sal

e tão perto os afectos
dos amigos

que nunca partiram
nem de onde nunca parti
escrevam-me
estou à espera de um pássaro

escrevam-me
meu tempo passa veloz neste silêncio

escrevam-me
agarrem-me estas mãos que se diluem na noite

escrevam-me
e digam-me onde estou
o tempo mais breve nos irá unir as mãos
sei dessa palavra secreta que nos procura

enquanto olhamos para a tarde que passou
e continuamo à esspera um do outro
o tempo vai passando pelas minhas mãos como a água que colho, a meus pés, nesta praia voltada a sul. e essa perda dói como uma palavra repetida pela tristeza.