25 de maio de 2005

glorioso


glorioso
Originally uploaded by danielsg.
no futebol também há afectos
e palavras, embora gastas pelos lances consecutivos de fintas à gramática e ao bom gosto...

já agora, viva o SLB, quer se goste quer não, é o campeão!

santa maria
Originally uploaded by danielsg.
pode esta ilha ser assim tão pequena?
quem responde ao último grito da tarde
se precisarmos de ir mais além?

24 de maio de 2005

luamar


luamar
Originally uploaded by danielsg.
uma noite como esta
e nem o mais denso horizonte
fica sozinho

girassol contigo

tu és a luz que falta em cada girassol

meu, girassol

olhos de deus

pode deus ser felino?
caber no colo de um poeta
e espreitar o mundo de uma janela?


images
Originally uploaded by danielsg.

entre estes girassóis estará a verdadeira mensagem de luz
porventura um beijo?

para ti, claro

brad mehldau


brad mehldau
Originally uploaded by danielsg.

estas mãos levam-me até ti

no suave sopro de uma elegia

que encontra no pulso da noite

o seu caminho para o coração do sonho

23 de maio de 2005

senti a primeira noite de verão
concentrar-me a sua doce flor
no rasto perene da respiração

19 de maio de 2005

pequenos gestos
como pequenos barcos
chegando a alguma ilha
na imensidão cega
do oceano
os dias estão mais longos
sinto-o na minha sede prolongada
ao coração da noite

neste calor sereno que adoça as palavras
quando se solta da terra
o perfume das frézias

18 de maio de 2005

dias há em que a tristeza é uma flor de luz
uma mão sustendo o peso do mundo

um sopro de paz guardado em silêncio
para não acordar as estrelas da noite


para as minhas queridas do funchal: paula, susana e iris
sorriria redondo como o coração de um laranjal
ao raiar a manhã em pleno verão

se fosses tu a água que me percorresse
a luz no limiar do sonho
afectos e palavras
olho-vos cansado do dia e do tempo
e penso que ainda é possível
um sorriso


para as alunas da CCIPD

16 de maio de 2005

está longe essa ilha do sul
mais longe ainda esse ilhéu coberto de sal

e tão perto os afectos
dos amigos

que nunca partiram
nem de onde nunca parti
escrevam-me
estou à espera de um pássaro

escrevam-me
meu tempo passa veloz neste silêncio

escrevam-me
agarrem-me estas mãos que se diluem na noite

escrevam-me
e digam-me onde estou
o tempo mais breve nos irá unir as mãos
sei dessa palavra secreta que nos procura

enquanto olhamos para a tarde que passou
e continuamo à esspera um do outro
o tempo vai passando pelas minhas mãos como a água que colho, a meus pés, nesta praia voltada a sul. e essa perda dói como uma palavra repetida pela tristeza.