nos teus olhos está o mar
está o azul
que nos faz sonhar
16 de junho de 2005
a minha casinha (antes)
finalmente um lugar onde morrer com o tempo das pedras. finalmente uma casa para guardar as minhas memórias futuras do passado.
15 de junho de 2005
há coisas que doem devagar
como uma morte anunciada
como uma ferida aberta num coração há muito perdido
há coisas que não têm nome
para não serem segredadas
nem à mais impossível noite
nem à mais triste pedra
há coisas que te queria dizer
e não sei
talvez as chore aqui
aos poucos
como aos poucos nos fomos perdendo
como uma morte anunciada
como uma ferida aberta num coração há muito perdido
há coisas que não têm nome
para não serem segredadas
nem à mais impossível noite
nem à mais triste pedra
há coisas que te queria dizer
e não sei
talvez as chore aqui
aos poucos
como aos poucos nos fomos perdendo
14 de junho de 2005
em santa maria sentiu-se a morte do poeta: o verão parou a sua caminhada inaugural para tecer-se ao contrário, derramando a última fímbria do inverno sobre nós. calou-se o poeta e a chuva voltou para nos lembrar como ele falava dela, vendo-a sobre o rosto da sua mãe, dolorosamente suave. o poeta calou-se e o dia ficou não-azul, não-palavra, não-silêncio... vejo somente um rasto fulgente para a poesia, um rasto seguindo as aves...
7 de junho de 2005
Subscrever:
Mensagens (Atom)