5 de outubro de 2007
um poema para o carlos vaz, a maria do sameiro barroso e a gabriela funk (digníssimos amigos que vão de mãos dadas com este novo livro)
o mundo vem ter comigo como um rumor de sonho
uma existência ténue de luz que soletra a respiração
a poesia está nesse movimento que me abre as mãos
e as palavras vêm ter à boca como pássaros na praia
atordoados pela paz que o mar inventa na rebentação
não sei explicar como a metáfora se prende ao poema
nem como a água da música leva cada um dos sentidos
não sei como dentro de mim há este fogo intermitente
que me deixa dormir enquanto morrem as últimas flores
e o paraíso se completa com os nossos gatos feridos
o mundo atravessa-me o coração para que possas escutar
as mais pequenas coisas que deixas no esquecimento
tantas coisas que eu sei estão à espera da minha boca
ou da minha folha carregando o peso de cada anjo
que para cada um dos males do mundo eu invento
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1 comentário:
Obrigado pelo poema! Foi um prazer falar da obra magnífica "Dez Anos de Solidão", na verdade, eu é que deveria estar a agradecer...
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