subo à cabeça da minha casa
e olho o mundo à minha volta
sou o silêncio mais alto
o ente magnífico que dá sentido
ao tempo
o envelhecer lento do telhado
diz-me que preciso tomar cuidado
com o inverno
e numa simetria impossível de condizer
sinto que também eu me acautele
dos dias indelicados
que hão-de vir
com chuva e vento
e outras tempestades
lembrar-me que os pés precisam
de raízes fortes
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