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as mãos criam o mundo
devagar
puxam da terra as estrelas
a pequenas coisas
que nos ajudam a sonhar
as mãos fiam e fiam
tudo o que nos há-de
cobrir
as roupas com que dançamos
o suor com que lavramos
os campos por florir
as mãos guardam os mistérios
as memórias e as cores
da tradição
guardam o nome das coisas
como quem protege um beijo
no coração
as mãos criam o mundo
devagar
e hão-de ser sempre elas
dobando e alando o caminho
com que havemos de perdurar
2 comentários:
As mãos são quase tudo, não é mesmo?
Belo poema, Daniel. Um beijo.
lindo poema, gostei muito. bela a imagem também, um abraço
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