28 de março de 2009




poema com jackson pollock


estamos os dois sem saber o que fazer
com as mãos

ouvindo música por dentro do vazio
escutando a voz de um dos deuses
que nos criaram

estamos os dois à espera que amanheça
ou que o novelo do caos
regresse à sua maré cheia

e nos deixe mais próximos do silêncio
porque é aí que se pode morrer em paz

porque é aí que o traço vago ganha o seu poema
e a palavra hesitante encontra a sua cor






Sem comentários: