26 de março de 2010





talvez nunca tenha amado
talvez nunca tenha saído deste círculo
onde o amor é uma fotografia boiando numa fonte

talvez nunca tenhas sido mais que uma canção
daquelas que nos repartem o coração
com o lado mais inclinado do silêncio

talvez tenha perdido tempo à espera de saber
se o amor é aquilo que nos prende à vida
e se a morte é apenas outra inspiração

talvez nunca tenha amado
talvez tenha esquecido que amar
é uma sorte que apenas chama os loucos

e que os loucos lembram tão mal
que são felizes

1 comentário:

Lídia Borges disse...

Amar pode ser, de facto uma loucura, mas o mais significativo é a forma como os versos são felizes dentro deste poema.

Cumprimentos