um instante feliz (como num instante de cartier-bresson)
um instante de luz preso à bicicleta que acorda a manhã
sou eu que me prendo à retina das coisas transparentes
sou eu que reconheço os contornos das primeiras coisas
é a mim que se atam os diademas das palavras felizes
é a mim que a poesia vem dizer onde está a tristeza
para não voltarmos a essa casa a essa colina de sede
desde que encontrei a tua boca rescrevendo o tempo
um tempo que não há noutro lugar nem noutro afecto
como se soubesses a exacta medida em que se ama
ou por que asa se erguem os carinhos sobre o amor
um instante feliz asilado no ventre das nossas mãos
como uma moeda para pagar a felicidade do mundo
um instante de luz que nos compense da escuridão
com que os sonhos se lançam para os nossos olhos
25 de abril de 2007
17 de abril de 2007
dançando na voz da palavra (com degas)
há palavras delicadas
e há a delicadeza do teu olhar
há palavras amorosas
e há o amor do teu coração
há palavras doces
e há a doçura do teu olhar
há palavras tantas palavras
para dizerem tanta coisa
e há o teu silêncio dançando
dançando a beleza do mundo
(para ti, beta)
e há a delicadeza do teu olhar
há palavras amorosas
e há o amor do teu coração
há palavras doces
e há a doçura do teu olhar
há palavras tantas palavras
para dizerem tanta coisa
e há o teu silêncio dançando
dançando a beleza do mundo
(para ti, beta)
14 de abril de 2007
van gogh e um detalhe esquecido
esqueci-me de te dizer
como és bela
como és tão bela
com a amendoeira dos teus sonhos
a iluminar a tua boca
doce
tão doce
como és bela
como és tão bela
com a amendoeira dos teus sonhos
a iluminar a tua boca
doce
tão doce
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