volta tudo ao mesmo lugar
ao mesmo nome com que chamamos as nossas rosas
volta tudo ao mesmo sentido imperceptível da tristeza
ao quarto fechado pela lado impossível da noite
volta tudo a ter uma mão por onde se puxe o soluço
por onde a chuva doa mais
como um vidro que nos amputa a palavra
e deixamos de ter a poesia do nosso lado
para escutarmos apenas o silêncio
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