a cidade faz-se de subterrâneas noites
suturando as partes desavindas da arquitectura
a cidade faz-se de candeeiros desabrigados
fingindo uma sombra sobre a solidão das horas
a cidade faz-se de palavras reservadas
aguardando a olorosa inquietação dos poetas
a cidade faz-se de escadas cambaleantes
abrindo um pórtico no chão do silêncio
1 comentário:
Belo poema!
A "desumanidade" do urbanismo moderno.
Obrigada!
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