17 de setembro de 2010





naquele dia escrevi-te um poema de amor
um poema de amor tão longo que poetas houve neste mundo
que não escreveram livros inteiros tão longos

um poema que tinha três quatro palavras
(tão longo nem lembro bem)
três ou quatro palavras que se repetiam
repetiam e repetiam
ao expoente da loucura e da eternidade

e nesse dia deixaste de ser apenas um desejo
uma mulher posando rosa ou buganvília no jardim de outra casa
um perfume a esvair-se de ar e água
sempre tão efémero
sempre tão pequeno

2 comentários:

Anónimo disse...

naquele dia uma pessoa se perdeu: cada ser que se entrega a outro aniquila a sua identidade.
naquele dia uma pessoa deixou de saber como se volta a todos os lugares onde se pode ser feliz.
tudo naquele dia.

gostei bastante.
1abraço,

Sandra Ferreira

Anónimo disse...

Vim pedir inspiraçao.
Pode ser? Hoje, talvez?
Um abraço,

Sandra Ferreira