15 de março de 2010





VOU DIZER-TE ESTE QUADRO DE CHAGALL



primeiro: eu estou no quadro e sou tudo quanto vês
a aparente felicidade o amor umbilical a minha juventude
exposta como uma buganvília que ganha asas de um dos lados da casa

segundo: tu também estás no quadro mas não és a óbvia mulher que flutua
estás no meu coração onde te sou fiel
e o teu nome é o poema contínuo que não me deixa morrer

terceiro: uma cidade ou uma aldeia que importa agora
se estamos a meio do verão
com tempo para ver crescer a ilusão de que somos eternos





3 comentários:

Anónimo disse...

Adoro o pintor! Assim como Agatha Belaya e Joanna Sierko e tantos...
Mas este sentir do poema e da pintura sao sublimes.

Gostei muito destas palavras simples.Bem conseguido o poema. Muito. Mesmo.

Um abraço,

Sandra

Centopeia disse...

Vim aqui para conhecer a sua poesia e não estou desapontado. Quero também felicitá-lo pelo prémio IPL. Sei o bom que é receber um prémio. Em breve estarei nos Açores para receber o Gaspar Fructuoso e ver o meu trabalho editado.
Vou andar por aqui à espreita... :)

Cumprimentos,
Paulo Assim

daniel gonçalves disse...

Obrigado, Paulo, pena é que não é fácil ir a São Miguel senão tinha muito gosto em assistir à entrega do prémio. Parabéns, pelas palavras do Daniel de Sá deve ser um belo romance. Prosa é coisa a que não me atrevo.

Uma braço, Daniel.